quarta-feira, outubro 03, 2007

Poiares avança com campo de golfe

Pretende afirmar-se como um empreendimento único na região e constitui mais um cartaz turístico de Vila Nova de Poiares. Falamos no campo de golfe de 18 buracos, cujas primeiras obras já começaram
Jaime Soares reconhece que o projecto é ambicioso e não esconde «uma certa dose de loucura», que considera «necessária» para se conseguirem «realizar os sonhos». Em causa está a construção de um campo de golfe de 18 buracos. O projecto começa agora a “caminhar” e adivinha-se um processo moroso até à conclusão, uma vez que, como sublinha o presidente da autarquia de Vila Nova de Poiares, «a Câmara ainda não tem todos os terrenos», nem o escasso orçamento permite “devaneios”.
Actualmente, explica o autarca, a Câmara tem cerca de 30 dos 60 hectares de terrenos, que fazem a linha de fronteira entre as zonas residencial e industrial. O campo de golfe vai surgir precisamente nesta cintura, procurando criar um espaço verde de valor acrescentado, em termos de turismo e lazer.
O projecto está em marcha, mas o horizonte temporal para a concretização do investimento que, de acordo com as contas de Jaime Soares deverá ultrapassar em muito os três milhões de contos, não tem fim à vista. «Tudo depende das negociações que se vieram a conseguir fazer», refere. O autarca quer que o projecto tenha uma envolvência que ultrapasse as fronteiras da Câmara, incluindo eventualmente os proprietários dos terrenos e também empresários e investidores. Por isso Soares fala na possibilidade de ser constituída uma sociedade anónima ou uma sociedade de investimentos que possa catapultar este projecto.
Da sua concretização o autarca poiarense não tem dúvidas e ainda ontem manteve uma reunião com um empresário a quem apresentou o projecto, que envolve uma ampla estrutura, onde se encaixa, também, a construção de uma estalagem, cujo projecto já está aprovado pela autarquia, bem como o aeródromo do Bidueiro, actualmente já em fase de construção. “Ingredientes” que Soares junta à «gastronomia fantástica», ao «artesanato maravilhoso» e à «paisagem de sonho», que caracterizam a região e que irão permitir, no futuro, «criar uma plataforma de atracção turística», que evolve toda a zona da Beira Serra, Pinhal Interior e Coimbra, comportando uma oferta diversificada e atractiva, relativamente à qual Vila Nova de Poiares assume, pela sua localização geográfica estratégica, um ponto de referência obrigatório.
A cerca de 70 quilómetros da Figueira da Foz e pouco mais de 20 de Coimbra, Poiares desempenha, no entender do autarca, uma posição de charneira entre o “mundo urbano e rural”, que lhe permite criar valor acrescentado. «Com boas ligações rodoviárias tudo isto pode ser uma “galinha dos ovos de ouro”», adianta, alertando para a necessidade de «a aposta no investimento não ser feita apenas no litoral». Um dos “cavalos de batalha” do edil de Poiares, que sublinha a importância do QREN apoiar projectos desta natureza, «que permitem criar riqueza e desenvolvimento sustentável», criando pólos de atracção diversificados e complementares em zonas que, como esta, «têm aptidões naturais para serem potenciadas».

Uma mais-valia para a região

O campo de golfe é a mais recente “menina dos olhos” do autarca Poiarense, que admite estar-se perante «um sonho», no sentido em que se trata de um «projecto ambicioso», «mas concretizável», fruto de uma «terra pequena, mas com gente dotada de uma alma grande, que não quer ficar agarrada às pequenas fronteiras territoriais do seu espaço geográfico». «Temos noção que é um projecto que não se faz de um dia para o outro, mas é um desafio que agarramos com toda a força», sublinha Soares, lembrando que tem sido este «querer» e esta capacidade de «sonhar» que têm feito crescer Vila Nova de Poiares. «Ninguém há 15 anos admitia o pólo industrial ou o crescimento que o concelho tem e que é hoje uma realidade», lembra. E aos mais cépticos recorda que «se não fosse assim, Poiares nunca tinha deixado de ser a aldeia que era há 20 ou 25 anos». «A semente vai continuar a frutificar», considera, alimentada «pelo arrojo e também por alguma dose de loucura», mas só assim, como diz o poeta, “o mundo pula e avança”.
Nos cerca de 30 hectares de terreno que já pertencem à autarquia, começaram agora as primeiras intervenções, no sentido de proceder à limpeza da área, povoada de mato denso e alto, protegendo as árvores ali existentes, como sobreiros, oliveiras, choupos e pinheiros. Uma primeira fase a que se irá seguir, dentro em breve, uma intervenção de fundo, com o objectivo de criar o relevo, lagos e outras componentes necessárias a um campo de golfe. Em simultâneo, vão prosseguir as negociações com os proprietários dos restantes terrenos, bem como os contactos com os potenciais investidores, que a autarquia considera parceiros de excelência para este projecto. Quanto ao futuro, Soares não tem dúvidas da adesão que o campo de 18 buracos vai suscitar nos amantes do golfe, sobretudo tendo em linha de conta que, em termos de região, a oferta está, actualmente, limitada aos campos existentes na Curia e em Viseu. Daí, defende Jaime Soares, a mais-valia que este projecto de Vila Nova de Poiares representa para toda a região.
in "Diário de Coimbra"

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

heyyy cadé o posto do casamento da lili e do bruno?**

19:42:00  
Anonymous Anónimo said...

Só espero que esse campo não acabe por ter só um buraco!
O buraco em que se meteram

23:45:00  
Anonymous Anónimo said...

Se o fizessem no Vidoeiro ainda as bolas vinham parar à Igreja Nova e à Moura Morta.
Agora na Ribeira de Poiares , ainda as vão buscar ao Mondego.

10:03:00  
Blogger Bite said...

Mas alguém sabe onde é que vai ser feito ao certo?Onde é que se pode ver isso?E será que a relva aguenta com a poluição das fábricas e da água da ribeira?As bolas também se devem perder no meio de tanto esterco! E não à consutla pública?!

13:44:00  
Anonymous Anónimo said...

O Campo de Golfe vai ficar situado entre a Zona Ind. e a Vila de Poiares, em todo aquele terreno envolvente.
Embora se saiba que estas infraestruturas exigem ambientes calmos e sossegados, para onde se possa crescer, associados a ambientes despoluídos e saudáveis. Assim Poiares acaba por aniquilar o crescimento da zona industrial e os especialistas põem em dúvida essa obra megalómana entre uma Vila e uma Zona Industrial. Já que a decisão está tomada só resta torcer para que seja um sucesso.

15:17:00  

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