sábado, agosto 08, 2015

Quem se lembrará do Padre Antonio Nogueira Gonçalves?



Foi pároco em Friumes e São José das Lavegadas, regressou a Coimbra, e a 30 de Março de 1928 foi nomeado Mestre de Cerimónias da Mitra na Sé Nova, indo desde então residir para os aposentos da catedral de onde saiu para o Seminário uns anos mais tarde.
Adquiriu entretanto diploma de professor primário e fundou a Escola Noturna da Sé Nova que rege durante três anos, consecutivamente e por onde passaram muitos operários moradores no Largo da Feira e toda a Alta, que com ele aprenderam as primeiras letras, e fizeram a instrução primária, onde familiarmente era conhecido por Padre António da Alta.
O Padre António Nogueira Gonçalves,apaixonado pelo conhecimento, seguiu a carreira académica e a sua vida acabou por ser sempre a de Professor e de Mestre.
Para além da Escola Paroquial da Sé Nova, ensinou no Seminário e na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Embora nunca tenha sido nomeado diretor, dirigiu o Museu Machado de Castro de 1944 a 1951, mas como responsável pelo Instituto de História de Arte encontrou uma instituição quase fantasma; uma sala vazia sem biblioteca nem alunos. Ao sair deixou estantes com livros; muitos deles saídos da sua biblioteca particular, um Instituto com grande dinâmica e acima de tudo, alguns milhares de discípulos em quem foi capaz de incutir gosto e interesse pelas coisas da Arte.
Pelo muito que trabalhou em prol da Faculdade e da Universidade foi-lhe concedido pela Faculdade de Letras o grau de Doutor Honoris Causa em 1979.
Os livros e os necessitados levavam-lhe tudo o que ganhava. Viveu e morreu pobre!
Talvez algum dos habitantes da Moura Morta mais antigos tenham sido batizados por este padre, como por exemplo: Antonio Lima, Jose Leitão e Maria Lima.
Ainda não há muitos anos o Padre de Friumes era tambem  Padre nas Lavegadas.

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